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Você já ouviu falar em Talassemia? Conhece alguém que tem Talassemia?


A talassemia é um distúrbio sanguíneo hereditário caracterizado pela redução das proteínas que carregam oxigênio no sangue (hemoglobina) e da quantidade normal de glóbulos vermelhos no corpo.

Os sintomas incluem fadiga, fraqueza, palidez e crescimento lento.

Os casos leves não precisam de tratamento. Já os casos graves (podem ter sintomas variados como anemia severa, disfunções nos ossos, aumento do volume do baço, pele e disfunções renais, etc.) podem necessitar de transfusões de sangue ou de um transplante de células-tronco de um doador.


O portador de Talassemia precisa fazer exercícios físicos como parte do tratamento para melhorar sua condição física e de saúde, sobretudo é importante elevar o VO2 máximo (capacidade aeróbia) e qualidade muscular.


O treino para o talassêmico sintomático deve ser periodizado de acordo com as transfusões sanguíneas. Na semana pré transfusão o microciclo de treinamento deve ser regenerativo (40 a 60% do VO2 máximo e 40 a 60% para treinos aeróbios e de 1RM a -10% de intensidade para treinos de força respectivamente). Os treinos podem ser mais intensos logo após a transfusão.


Porém o talassêmico não pode fazer treinos máximos e de alta intensidade e prolongados devido à deficiência de ferro (e este é um mineral que regula o estresse oxidativo e combate a liberação de radicais livres), além de complicações cardiovasculares nas talassemias que representaram a maior causa de morbidade e mortalidade da patologia. A principal manifestação clínica nas pessoas com talassemia beta maior é a disfunção ventricular, com sintomas de insuficiência cardíaca congestiva. Outras manifestações cardiovasculares também incluem redução da função atrial, disfunção do ventrículo direito, disfunção diastólica e disfunção endotelial global.


Estima‑se que cerca de 10% a 20% das pessoas com talassemia dependentes de transfusão apresentem sobrecarga de ferro grave e outra proporção semelhante de sobrecarga leve/moderada, valores que vêm caindo significativamente nos últimos

anos. A incidência clínica de cardiopatias, incluindo pacientes com sintomatologia e/ou disfunção ventricular, está estimada em cerca de 5%.


As manifestações cardiovasculares da sobrecarga de ferro são predominantes

nas pessoas com talassemia beta maior, embora nos casos de talassemia beta

intermediária também podem‑se ter manifestações cardiovasculares, mas de

origem distinta em relação à sobrecarga de ferro, como a hipertensão pulmonar.


Portanto, o profissional de Educação Física deve ter minucioso conhecimento da doença para prescrever o treinamento com segurança, para melhorar a qualidade de vida dessa pessoa em conjunto com demais profissionais da saúde (nutricionista, médico e psicólogo). A pessoa com talassemia beta maior ou intermediária pode desfrutar de um estilo de vida normal quando o serviço de assistência hematológica disponibilizar o suporte terapêutico adequado e os cuidados multiprofissionais e multidisciplinares que possibilitem a redução da interferência da doença na vida pessoal e social.



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